"No canto do corredor havia uma bolinha de papel,
uma folha de caderno amassada, meio amarelada e com alguns garranchos..."
Eu acompanhei seus cabelos crescerem, passarem dos ombros
Clarearam, escureceram
vi seus olhos ganhando mais brilho
seu rosto mais sorrisos.
Vi seus cabelos encurtando
lágrimas escorrerem
e alguns suspiros surgirem.
Te vi crescer, e cresci junto
te vi partir
te vi voltar
te vi mudar.
te vi sofrer
te vi chorar
te vi amar
te vi pirar
lembrar e esquecer.
Me vi ao seu lado
Vi você ao meu lado
E quando seus lados eram outros
me afastei
te xinguei.
eu te conhecia
você me conhecia
mas a verdade
ninguém sabia.
Das vozes profundas
das idéias imundas
dos sorrisos amargos
dos gritos entalados.
Depois de tantos anos
abri aquele caderno
li algumas palavras
-violando sua privacidade-
Virei suas paginas
fechei o caderno e guardei.
"...Amassei novamente, taquei no chão e chutei, fui brincando de futebol até o final do corredor. Onde havia uma poça d'água que destruiu a bolinha, as palavras, o papel."'
Jeannine Xavier
Todo e qualquer texto/imagem aqui postados são de autoria própria(caso não seja,receberão os créditos aqueles que forem os responsáveis pelos mesmos),sendo extremamente ilegal a cópia não autorizada. Textos já registrados: O uso inadequado ou a cópia sem autorização prévia, acarretará à problemas com a justiça,com direito a indenizaçãode acordo com a lei 9.610/98; nos artigos 24 a 29 e 102. Obrigada. Criem seus próprios textos,para que não acabem sendo punidos pela Lei(que é lenta mas é Lei.)
sábado, 30 de maio de 2015
sábado, 16 de maio de 2015
Quando anoitece
E fechamos as janelas.
Trancamos as portas
Arrumamos as cortinas.
Deitamos para relaxar
E o trovão se põe presente
Raios cortam o céu
dilaceram nuvens
Trovões
ensurdecem nossas almas
E as janelas tremem.
Vem chuva
Aguar a terra
Molhar as plantas
Enxarcar as roupas do varal.
As gotas de chuva
Brincam de pique com os gatos
Amedrontam os cachorros
E vazam pela calha
Que de nada está servindo.
Goteiras
Enxurradas
Panelas e baldes espalhados pela casa
E aquele sinfonia
Incessante
Das gotas nos baldes
Cheios;
Semi- cheios;
Vazios,
de plástico;
Alumínio...
Novos;
Quebrados.
Sao baldes
De chuva
noturna.
Jeannine xavier
Trancamos as portas
Arrumamos as cortinas.
Deitamos para relaxar
E o trovão se põe presente
Raios cortam o céu
dilaceram nuvens
Trovões
ensurdecem nossas almas
E as janelas tremem.
Vem chuva
Aguar a terra
Molhar as plantas
Enxarcar as roupas do varal.
As gotas de chuva
Brincam de pique com os gatos
Amedrontam os cachorros
E vazam pela calha
Que de nada está servindo.
Goteiras
Enxurradas
Panelas e baldes espalhados pela casa
E aquele sinfonia
Incessante
Das gotas nos baldes
Cheios;
Semi- cheios;
Vazios,
de plástico;
Alumínio...
Novos;
Quebrados.
Sao baldes
De chuva
noturna.
Jeannine xavier
Foi
Quando sua eloquência
Se esvair com as gotas
Que pingam de seus pulsos
Lembre- se dos goles insanos que deveriam ter sido dados naquele copo de café.
Quando sua habitual irritabilidade se esvair com seus perecíveis sentimentos
Lembre- se que você deixou cair.
Poderia manchar as paredes com sua vitalidade
Poderia manchar os tapetes com sua realidade
Poderia queimar sua vida
Com toda essa ira
Escondida
Esquecida em seu armario.
Os olhos irradiam soberania
E você desfalece no canto do quarto
Presa nesse chão
So enxerga aquele pedaço de parede descascado.
E la se vai
O seu eu,
Enlaçado
Amarrado
Decapitado
Para um lugar
De onde jamais voltará.
Jeannine Xavier
Se esvair com as gotas
Que pingam de seus pulsos
Lembre- se dos goles insanos que deveriam ter sido dados naquele copo de café.
Quando sua habitual irritabilidade se esvair com seus perecíveis sentimentos
Lembre- se que você deixou cair.
Poderia manchar as paredes com sua vitalidade
Poderia manchar os tapetes com sua realidade
Poderia queimar sua vida
Com toda essa ira
Escondida
Esquecida em seu armario.
Os olhos irradiam soberania
E você desfalece no canto do quarto
Presa nesse chão
So enxerga aquele pedaço de parede descascado.
E la se vai
O seu eu,
Enlaçado
Amarrado
Decapitado
Para um lugar
De onde jamais voltará.
Jeannine Xavier
Passarinho
E a rolinha tadinha
bambeia, bambeia
em cima do fio
luta para se manter ali
equilibrando-se
tentando não cair.
em cima do fio
luta para se manter ali
equilibrando-se
tentando não cair.
balança, balança
A rolinha
equilibrada
bambeando
quase caindo
de cima do fio
equilibrada
bambeando
quase caindo
de cima do fio
balança, balança
A pobre rolinha
de cima do fio
tremendo para não cair
tremendo de frio
equilibrando-se
para não cair.
de cima do fio
tremendo para não cair
tremendo de frio
equilibrando-se
para não cair.
Jeannine Xavie
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