Pontas, Quinas e Beiradas

sexta-feira, 5 de março de 2010

Estava eu, quieta...

Estava eu, quieta, com os rabinhos entre as pernas, quando a pedra que um dia existiu no meio do caminho veio e se tropeçou em mim...

Eu com minha orelhas caídas, os ossos ruídos e o rabinho entre as pernas, ia a procura do que acontecera... e descobri... Me fizeram reexistir...

Estava eu sentada na varanda procurando palavras para encaixar em meu texto que ainda nem nascera, quando recebi auto-afirmações de pobres pessoas infelizes... Senti que minha alma lamentava, lamentava por saber que essas pessoas sofrem tanto, por saber que nem todos podem ser tão felizes quanto eu sou, quanto me fazem ser...
Sinto dentro de mim uma pena enorme e tento entender o por que de me odiarem tanto... Será que um dia eu fiz alguem ser tão feliz e completo quanto jamais será, quanto jamais alguem conseguirá fazer? e assim, uma dor profunda surge dentro de alguem, que precisa apenas me fazer lembrar de um passado esquecido, enquanto tenta me mostrar ser o que nao consegue ser?

As palavras brotam e suas lágrimas caem, talvez tenham raiva, mas isso nao importa...
o que importa é que:

Estava eu, quieta, com os rabinhos entre as pernas, quando a pedra que um dia existiu no meio do caminho veio e se tropeçou em mim...
Eu com minha orelhas caídas, os ossos ruídos e o rabinho entre as pernas, ia à procura do que acontecera... e descobri... Me fizeram reexistir..

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