Pontas, Quinas e Beiradas

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

São tatas as pessoas que passam por nossas vidas... são tantas as pessoas que marcam alguns momentos, nos fazem sentir saudade, raiva, carinho e tem até aqueles que nos fazem querer esquece-los... O pior de tudo é não podermos escolher as pessoas que marcarão nossa vida ou que nós aceitaríamos sentir saudade(ou qualquer outro sentimento muito bom), tambem se pudéssemos escolher, talvez nunca deixaríamos ninguem entrar assim tão profundamente em nossas vidas.
E aí, o tempo passa e a quantidade vai aumentando, aumentando até que chega um momento em que você está cheio de lembranças, cheio de saudade, de carinho, de raiva... Te pessoas que a ausencia acrescenta e ajuda à aumentar o tal sentimento, e tem pessoas que quanto mais longe estão, mais vaga ficam as lembranças, até que chega aquele momento em que as esquecemos, ou simplesmente preferimos não lembrar...



Jeannine Xavier

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Após a festa a desilusão


Depois da festa, os corpos cansados descansam no chão, o aroma do alcool pode ser sentido exalando de cada boca, de cada póros...
Copos caídos ao chãos, marcas de prazer, marcas de zuação.
Carícias, abraços, sexo, saliva, procura, tonteira, lágrimas, gargalhadas, insônia...
Depois da festa, o som desligado, deixado de lado, descansa junto com os corpos inertes, ao relento.
A trilha sonora destas vidas no momento é o respirar, o ressonar dessas almas que tranquilamente esperam o sol raiar para poderem acordar e começar tudo outra vez...

...

Naquela noite calorenta, um assassinato ocorria, estavam a matar a saudade, aquele jovens amigos que antes viviam um dentro da vida do outro se reencontraam, relembravam do passado, falavam sobre o presente e tinha gente até sonhando com o futuro.

Novas cabeças se encontravam anquele estranho momento, enquanto uns bebiam, outros comiam, uns corriam outros descansavam por não terem feito quase nada. Enquanto uns se pegavam outros se controlavam por não poderem desfrutar de todo o amor que se encontrara dentro de suas almas, e assim a noite passava.
Existiam corpos envoltos em libido, coxixos ao pé do ouvido, carícias secretas, e discussões explícitas.
Antigamente todos se entendiam e 'brigavam" da mesma maneira, hoje alguns se desiludem ao verem o terrível rumo que alguns tomaram.
Bebe-se em copos aqui e não em tulipas, come-se com talheres e louças de vidro, não de porcelana, ingeri-se 'teor alcoolico barato" e não Chandon... As pessoas deveriam compreender que o mundo novo ao qual vivem não se pode ser misturado e/ou introduzido ao mundo em que vivera a algum tempo.
Mágoas foram surgindo vagarosamente, até que tomaram por completo a alma daqueles que se amavam, ao ouvir palavras bruscas sendo lançadas - não à mim, que sei retrucar e pedir que não me importunem, mas à aquelas que abaixam a cabeça e não entendem ou preferem não se importar com o que é dito.
Nós não nascemos 'crescidos", nós fomos crescendo, e hoje, por dedicação e sorte, você cresce a cada dia que passa, mas deveria, tratar, se dirigir, cuspir nas pessoas que ainda não tiveram sua hora?
Alcool na mente, não explica todas as palavras irritantes, as atitudes infames... Atitudes que você não deveria ter já que tentou jogar à escanteio aqueles que um dia lhe deram as mãos, acompanharam contigo a canção, aqueles que viveram sua vida, aqueles com quem você viveu um pouco de sua vida, da vida deles.
Infelizmente, com nossa evolução, passamos a perceber mais, passamos a não aturar/suportar/ atitudes de quem amamos... e infelizmente, a decepção bate à porta...

...




Jeannine Xavier

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Feriados e Festas são Hipnóse!!!

No carnaval do ano passado (ou esse ano, não sei) eu estava tentando compreender um pouco o por que de tudo isso, todas essas festas e tal... e no fim de tudo,deparei-me com este texto:

Após o carnaval...
(esse dia m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o, em que normalmente eu me escondo em casa, querendo que meus ouvidos se entupissem e eu não ouvisse nenhum samba-enredo, nenhuma marchinha ou qualquer outro som muito ouvido nesse terrível dia...)
Venho com uma observação a respeito do mesmo...
(esse bendito, infernal carnaval...)
Onde as pessoas aproveitam a deixa, para poderem mostrar realmente a ridicularidade de sua existência, vestindo-se das maneiras mais toscas, com fantasias que expressam: - EU SOU UM RETARDADO...OLHEM A BERINGELA DENTRO DA MINHA CUECA...!!!
Então...,
Já pararam pra perceber que as "melhores" datas comemorativas são sempre no "começo/meio" do ano???
Carnaval, Páscoa, São-João...
Por que em?
Por que essas comemorações servem para que as pessoas se animem com os próximos dias que virão, com o próximo ano que está chegando... (e no caso de São João, para que aa pessoa ainda tenham forças para continuar o ano...)
Claro!
Todo ano é sempre a mesma coisa, com algumas pessoas a mesma rotina... e tal...
Então é para isso que serve essas benditas datas comemorativas/feriados...
Hipnose!!!
Para que toda essa bagunça/putaria/diversão, empolgue-nos a continuar com essa vidinha...

*Odeio Muito Tudo Isso...*

By: Jeannine Xavier


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Vida corrida...


Tão cedo e as pessoas já estão correndo, nem bem o sol nasceu e já estão com pressa. Seus relógios não param, não descansam. Quando chega a hora, vão dormir às pressas por que terão que acordar cedo, deixando o dia passar; deixando o dia acabar, sem que parem até para respirar.
Que vida é essa em que as pessoas não param?
Em que as pessoas passam uma pelas outras na rua e já estão de cara fechada?
Talvez as pessoas tenham esquecido como realmente se vive, talvez tenham esquecido que é preciso viver, além de, apenas trabalhar. É preciso tirar um tempo para si próprio, para apreciar a beleza do dia...
Para que se estressar tanto com as coisas, correr tanto, viver às pressas, deixando os momentos da vida passarem sem que tenham a real importância, sem que sejam apreciados por cada indivíduo que reserva sua vida para o trabalho e a correria e aceita viver n’um mundo praticamente preto-e-branco?
As vezes é bom olharmos por fora da janela e vermos uma cor!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

E sua vida acabara... com o corpo estatelado, dilacerado no chão...

E sua vida acabara no triste momento em que seu corpo sentia o peso do ônibus...
Seu pequeno corpo não resistira e o extinto animal se extinguira naquele pequeno ser.
Conseguira escapar de primeira, enquanto meus olhos observavam aflitos sua tentativa desesperada de desviar dos pneus de um carro; e de meu mais profundo âmago ecoava um grito desesperador:
- Esse gatinho vai morrer..., ele vai morrer!
Na segunda fora inevitável, sua alma animalesca se libertara enquanto eu, caminhava sem olhar para traz.
Sabia que seu corpo ficara lá, caído, estatelado, esmagado, dilacerado no asfalto.
Agonizantemente ou comemorava sua partida deste mundo sofredor ou lamentara a dor que uma simples escapulida do  local onde lhe aconchegavam e amavam, lhe proporcionava.

E hoje, ao passar pelo mesmo local onde o ocorrido me sufocara, sei que inconscientemente buscarei pelo asfalto as marcas de dor e sofrimento, que aquele pequeno ser tivera aquela noite!

Pobre Gatinho, Vá em paz!

" A morte é certa, a vida não!!! '

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

E eu que sempre pensei que fosse lenda...


Enquanto caminhava,deparei-me com um arco-iris..., engraçado, sempre pensei que arco-iris fosse lenda...
Continuei caminhando, agora, em direção ao final do arco-iris, chegando lá, deparei-me com um pote de ouro, engraçado, sempre pensei que fosse lenda a história do pote de ouro no final do arco-iris...
Pensei em pegar umas moedinhas de ouro, afinal, se cheguei até o pote, talvez eu mereça algumas né?!? Quando pensei em pega-las, deparei-me com um duende de macacão verde e orelhas pontudas correndo(sem contar o gorrinho vermelho), deixei as moedas pra lá e fui atraz do duende, engraçado, sempre pensei que duendes fossem lenda...
Fui atraz do duende e cheguei n'um local onde havia um cogumelo muito grande,maior do que eu, nesse cogumelo havia uma portinha de madeira e uma janelinha, bati na porta e ela estava aberta, resolvi entrar, nada encontrei, estava vazia, alguem abandonara aquele cogumelo... engraçado, parece até lenda!
Quando saí do cogumelo, deparei-me com 2 saposconversando, uma joaninha de bengala e uma libélula... Parece até lenda né?!? Mas não era não!
Eu ví, juro que ví!
Um arco-iris, com um pote de ouro no final, um duende, um cogumelo gigante com uma portinha e uma janela...sem contar com a vizinhança bem amigável, onde a joaninha se apoiava na bengala de madeira brilhante e os dois sapos pareciam conversar tranquilamente, sem se importar com mais nada!

E a Libélula??? Sei lá, estava de passagem... deveria estar indo para o rio...

By: Jeannine Xavier...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

N'um pedaço de papel velho...

Photo by: Clarisse
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'Caminhando"...,
Sem destino certo, sem um pensamento concreto; deparo-me com um pedaço de papel (estava meio amassado, meio velho, sujo e rasgado), o vento parecia querer leva-lo consigo, e ele parecia não querer ir, parecia que agarrava-se ao concreto, n'uma força desesperada de não ser retirado do local onde deixaram-lhe. Talvez houvesse uma esperança presa naquele pequeno pedaço de papel, onde ele ainda esperava que alguem voltasse para resgatá-lo.
Pensei em passar direto(na verdade até passei), e continuei pensando naquele papel - sempre vejo papéis na rua e logo esse me chamou atenção... (?!) (pensei).
Voltei, decidi voltar, encontrei o papel um pouco distante de onde eu o tinha visto antes, o vento insistira tanto, que talvez ele se rendera e resolvera seguir o destino que o vento lhe oferecera.
Abaixei-me e peguei o papel, fui desdobrando com cuidado e ao abrir uma mancha vermelha aparecera - uma caneta vermelha vazou (pensei)-; continuei abrindo e várias manchinhas vermelhas foram surgindo... e em meio à essas manchas, pude ler, sentir e apreciar essas palavras...

"E eu lembro de suas mãos tocando meu corpo,
Lembro-me de minhas perguntas mentalmente insanas,
Lembro-me dos medos e receios que me pertenciam,
Lembro-me de seu tom de voz, do seu perfume, de suas conversas.

E eu só queria lhe ver chegar...,
Quando eu só queria lhe ver chegar...,
E eu só podia lhe ver chegar.

Hoje ao te sentir, ao poder sentir seu toque, seu corpo... só peço que me deixe, me deixe apreciar toda essa beleza, essa eloquente paixão que sinto por ti.

Quando se vai, toda vez que põe o jean's, sinto como se levasse contigo um pedaçinho de mim, como se estivesse ficando completamente solitária, nesta casa vazia, em que as brancas paredes parecem formar seu rosto nas sombras que se formam com as cortinas e janelas.
Cada vez que você põe o jean's, vejo que meu amor só aumenta, enquanto essa saudade crescer, meu coração baterá mais e mais por você, aumentando todo esse sentimento reconhecido como gostar/querer/amar... até que não caiba mais n'um simples abraço, n'um simples beijo...

E enfim saberei... que é com você que quero ficar, é você quero ter..."

Após essas palavras, dobrei o papel novamente, com mais cuidado ainda coloquei-o na carteira e continuei meu caminho...
Caminhando por entre meu coração, por entre minha mente...

By: Jeannine. Xavier...