Pontas, Quinas e Beiradas

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Solidão chuvosa...

Esta noite chuvosa me trouxe frio, solidão...
Precisava ocupar meu espaço vazio,
Então fui caminhar.
Molhei meus pés nas poças d'água,
Molhei meus cabelos com os respingos do guarda-chuva.
Meu nariz ficou vermelho
Minhas mãos ficaram frias.
Nesta noite,
sinto um pouco de medo.
Meu caminho está escuro,
a rua parece estar vazia, deserta...
To sozinha!

Sinto o vento frio gelando meu estômago,
Quando respiro, sinto congelar tudo por dentro.
Meus olhos lacrimejam...
To sozinha!

A rua começa a alagar.
Os carros passam tao depressa nas poças,
parece quererem me molhar.
O sinal está vermelho,
ninguem respeita!
Tem poça na estrada, passe passa devagar para não me molhar...
mas ninguém me ouve...
(aceleram mais para aumentar o estrago)
Sinto frio,
mas nao consigo voltar,
os carros nao me deixam atravessar.
To sozinha!

Meu guarda-chuva voa com a rajada de vento,
Minhas pernas tremem com o vento frio.
Ja nem sei se escorrem lágrimas ou se é chuva.
Só sei que To sozinha.

...

A chuva parou,
parece que teve pena de mim.
Os carros ficaram presos num acidente la em baixo,
agora posso atravessar.
O vento trouxe meu guarda-chuva de volta,
parece que teve pena de mim.

Voltei pra casa,
pela rua deserta.
O cachorro tentou me atacar.
Latiu, sentiu frio,
teve pena de mim
e voltou pra sua casa,
foi se esquentar.

E eu...
Eu?
Eu voltei pra casa
E continuo Sozinha...

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