Pontas, Quinas e Beiradas

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Fantasias n'uma noite de prazer

:. Edição By: Jean's 9 .:
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O texto à seguir, é da autoria de um grande/querido/amado/saudoso amigo Júlio Rosa. Com sua permissão, postarei aqui, suas belas palavras, acompanhada de uma imagem que para mim foi algo criativo, muito bem elaborada, um momento 'necessariamente real" com um toque de arte (um pouco de humor, talvez) e com um modelo que teve realmente a essencia da coisa, soube transmitir para esta simples imagem seu carisma, fazendo com que a fotografia se encaixasse por completo, formando uma imagem agradável.

Sem mais delongas, espero que gostem do texto, particularmente, eu adorei, não por ser de autoria de um dos meus grandes amores, mas por ter sentido a real leveza dessas palavras. Obrigada Amigo, por ter permitido a postagem, por ter essa cabeça que tens e esse poder de passar para o papel tudo o que realmente nos importa e contagia. Sua vida é minha vida, sua felicidade minha felicidade!

Parabens, e quem sabe um dia, esse não seja um discurso feito por mim diretamente à ti, e no final, acompanhado de uma salva de palmas?!!!
Te amo!

Noite dos Mascarados

Lá pelas tantas deixamos o baile de máscaras. Parece que nossas fantasias não nos permitiam vermos um ao outro. Tiramos a fantasia, deixamos cair as máscaras e seguimos nus. Logo, o álcool que se apoderou de nossas veias transmutou-se em um fogo hedonista .
Entramos no carro e qualquer tempo, para a minha ansiedade apaixonada, foi muito até nos beijarmos.
- Senhor, para onde vamos?
Indiferentes, nossos corpos só ouviam um ao outro. Seus cabelos, ciumentos de você, intervinham, a todo momento, à entrega. Mas meus lábios só tinham atenção para os seus.
Enquanto isso, o vento te fazia mais linda e alastrava os efeitos dessa química explosiva: álcool e desejo. E eu, assim como você, permiti que ele nos incinerasse pra longe dali.
Surgimos na escadaria oculta de uma esquina qualquer, onde o álcool evaporou pelos corpos suados e insanos. Mergulhei na claridade rósea dos seus seios, na sua pele alva, quente e macia. Sobrou somente o amor e o desejo. Estes, logo, se fundiram e nossos corpos, em obediência, também.
Somente a lua e as estrelas foram testemunhas. Só no final de toda combustão apareceram as pessoas e , pouco a pouco, suas janelas, seus carros, seus olhos, e pudor. Mas nada disso importava ou, pelo menos, importou. Eu vi o amor acontecer.

Júlio Rosa


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