Pontas, Quinas e Beiradas

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

E nada mais...

E nada mai de noites em claro...
Nada mais de pedir alcool, nada mais de "alguem's" sustentarem seus vícios.
Nada mais de fugas baratas por cima do muro, correria, tentativas de fugir de pancadarias.
Nada mais de joukebox, banheiros de bares imundos, movimentos (punks), nada mais de buscas.
Nada mais de viagens de ônibus na madrugada do Rio, cochilos no gramado da Lapa, nada mais de cenas absurdas vistas em cada esquina, em cada degrau.
Nada mais de showzinhos podreiras, nada mais de beijos e abraços, nada mais do medo daquele com a cicatriz, nada mais de correria atraz daqueles 'ratos".
Nada mais de The Smiths, Ramones, Deep Purple, Led Zeppelin...
Nada mais de sinuca, garrafas de vinho quente (cavalo dado nao se olha os dentes).
Nada mais de correr da polícia, de chorar com gás lacrimogêneo, de andar pelas ruas lotadas da lapa.
Nada mais de vender beijos, nada mais de duas meninas no banheiro, nada mais de um casal no banheiro, nada mais de uma galera no banheiro.
Nada mais de brincadeiras, vicios, empurrões, lágrimas, gritarias.
Nada mais de ouvir seu apelido sendo 'esguelado" do outro lado da rua, nada mais de escadaria, nada mais de tia da tortinha.
Nada mais de pedir, de ofender, de correr.
Nada mais de sentir fome, andar até o ponto, dormir em pé no onibus na volta, nada mais de não voltar para casa, nada mais de sair na sexta e voltar no domingo!
Nada mais de dormir na casa de quem não se conhece, de dividir um hamburguer pra 15, nada mais de ratoburguer, nada mais de fazer xixi agaxada atraz de um carro.
Nada mais de punks, goticos, travestis, pivetes, grunges, metaleiros, hippies, mendigos, policias, viciados, trombadinhas, bebados, gringos, velhos...
Nada mais de sexo nas ruas, tombos nas escadas, vômitos nas esquinas, nada mais de porres, de cigarros, de "hinos', nada mais de musiquinhas dentro do onibus.
Nada mais... Nada mais... Nada mais...
Apenas a saudade, apenas a lembrança das frases ditas, as musicas cantadas, as casas 'destruidas", as garrafas vazias, as gimbas de cigarro...

Apenas a lembrança de uma vida que nada nos deixará esquecer.


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